O Projeto Discriminação da Associação de Psiquiatria do RGS – APRS

O fato da Conduta Discriminatória de uma determinada pessoa (discriminador) causar sofrimento mental em outra (discriminado), indica a necessidade de que profissionais da saúde mental devam se interessar pelo tema.logo

O Projeto Discriminação-APRS (PD) tem como objetivo básico a apropriação do estudo pela Psiquiatria da Conduta Discriminatória (CD), cuja origem é basicamente psicológica e que produz sofrimento mental e/ou físico no discriminado podendo chegar, em casos extremos, ao suicídio. O fato da CD de uma determinada pessoa (discriminador) causar sofrimento mental em outra (discriminado), indica a necessidade de que profissionais da saúde mental devam se interessar pelo tema.
Atualmente há na sociedade somente duas instâncias que auxiliam a inibir a CD: os grupos discriminados organizados e seus simpatizantes (organizações governamentais e não governamentais) e o Direito que considera criminosa esta conduta. O Direito já se apropriou do estudo da CD e a considera crime em muitas situações. Mesmo que a questão legal só apareça no final do processo discriminatório. O psiquismo, que está presente – no início, meio e fim do processo discriminatório – ainda não nos motivou a apropriação do seu estudo da maneira como a sociedade contemporânea o considera. Inicialmente, para isso deveríamos encontrar uma denominação-conceito compatível com crime, que é a definição da Ciência Jurídica para a CD nas sociedades mais avançadas. Certamente se a nossa área de atuação encontrar uma denominação-conceito mais atualizada, compatível com a do Direito, estaríamos criando uma terceira instância inibidora desta conduta geradora de sofrimento mental.
Para isso, é necessária uma maior mobilização e participação dos profissionais da saúde mental na discussão da CD. Estamos convidando os colegas interessados para conhecer e aprofundar o estudo sobre esse tema. A partir de encontros/debates decidiremos os próximos passos dentro da instituição. Também iniciaremos a divulgação do PD para profissionais e grupos de Saúde Mental e de Direitos Humanos com o objetivo de agregar outras parcerias que também possam contribuir para o avanço do entendimento do PD.
Interessados em participar do Projeto Discriminação, bem como em textos publicados sobre o tema, devem entrar em contato com o Dr. Telmo Kiguel através do email telki@terra.com.br

A seguir matérias com conteúdos que coincidem com as idéias básicas do PD:

1 – Do Dr. Carlos Augusto Ferrari Filho: Quem é o Discriminador Machista, Racista, Homofóbico, Antissemita, etc.: uma visão psicanalítica

2 – Duas entrevistas com o coordenador do PD:

Condutas discriminatórias precisam de diagnóstico compatível com o crime, defende psiquiatra

Uma nova entrevista sobre Discriminação: “O melhor caminho é a prevenção”

3 – A proposta diagnóstica formulada pela escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, no premiado livro Americanah.

4 – A do secretario-geral da ONU, António Guterres, sugerindo que as discriminações e o desrespeito aos direitos humanos devem ser prevenidos e definidos como doença.

5 – E um vídeo com a opinião do Dr. Drauzio Varella sobre a origem da homossexualidade.

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E por fim, as instituições que apoiam o Projeto Discriminação:

O Centro de Estudos Luis Guedes – CELG – do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da UFRGS e do Serviço de Psiquiatria do Hospital de Clinicas de Porto Alegre apoia o Projeto Discriminação – APRS.

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O Centro de Estudo de Psiquiatria Integrada – CENESPI – do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da Faculdade de Medicina da PUCRS e do Serviço de Psiquiatria do Hospital São Lucas – PUCRS apoia o Projeto Discriminação – APRS.

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Os professores da Disciplina de Psiquiatria do Curso de Medicina da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre – UFCSPA apoiam o Projeto Discriminação – APRS.

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O Curso de Medicina da Universidade Luterana do Brasil – ULBRA, a Liga de Psiquiatria e a Liga de Medicina de Família e Comunidade apoiam o Projeto Discriminação – APRS.

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O SIMERS – Sindicato Médico do Rio Grande do Sul apoia o Projeto Discriminação – APRS.simers

A AMRIGS – Associação Médica do Rio Grande do Sul apoia o Projeto Discriminação – APRS
A ARI – Associação Riograndense de Imprensa apoia o Projeto Discriminação – APRS

A Associação Beneficente e Cultural B’nai B’rith do Brasil, entidade judaica fundada em 1843, presente no país há 88 anos e atuante na área de Direitos Humanos e Cidadania apoia o Projeto Discriminação – APRS

Fonte: Projeto Discriminação da Associação de Psiquiatria do RGS – APRS

Textos correlatos que complementam o entendimento do PD:

1. Sobre definição/diagnóstico da Conduta Discriminatória:

Conduta Discriminatória: tentativa de conceituação motiva correspondência entre psiquiatras.

Eis um discriminador racista e antissemita. Reconhecendo é possível prevenir.

É possível que todas as Condutas Discriminatórias tenham a mesma origem

A verdadeira homofobia não é o ódio aos homossexuais

Prevenindo a Conduta Discriminatória Machista.

Não temos previsão de avançar no combate ao racismo

A invisibilidade dos negros é indesejável. A dos racistas é paralisante.

De onde partirá a iniciativa de prevenir a Conduta Discriminatória Racista

É possível o diálogo entre discriminado e discriminador?

Como prevenir o machismo com violência se ninguém entende o que é?

Antissemita esquizofrênico assassino ininputável

Discriminados também discriminam

Discriminados reconhecem que também podem ser discriminadores

Racista, doente mental, condenada e inimputável

Pessoas imaturas, discriminadoras, facistas, nazistas, de sangue puro e o bode expiatório

Por que mulheres, negros e homossexuais não se unem contra todos discriminadores?

Publicitários também definem o discriminador como um doente

A origem da ação do discriminador é emocional

“Raças” não existem, ou melhor, existem só na cabeça dos racistas

O racista é um Doente Mental?

ONU: “Crimes de ódio são precedidos por discurso de ódio”

Os preconceitos e a dificuldade de mudar de opinião

Jornalista afirma: “O racismo que vivi é sintoma de doença”

2. Sobre Religião e Laicidade:                                                                                      Religião e laicidade: discriminação e violência.

A Psicanálise, as Discriminações e as Religiões

Religiosos discriminam agnósticos e ateus: medidas preventivas são criadas

Grupos conservadores e de religiosos fundamentalistas discriminam meninas com pênis e meninos com vagina

Psicanálise, discriminação, publicidade e saúde mental

“A igreja hierárquica precisa lavar a boca antes de falar das pessoas LGBTQI”

As 10 maiores “machistadas” da Biblia

Pastor evangélico propõe que homossexuais usem roupas com cores especias para serem identificados

Um matrimonio perfeito: os evangélicos, os conservadores e as discriminações

Os castigos e a cura para homossexualidade através da fé

Colégio adventista é acusado de aplicar prova com conteúdo homofóbico

O antissemitismo e a morte de Jesus

O antissemitismo de Martinho Lutero e a perseguição contra judeus

Pastor evangélico: a escravidão e os privilégios dos brancos são bençãos

As discriminações e as religiões

3. Sobre Educação:

Educação e criminalização não previnem discriminação

O que não quer mulher na política prova que educação não previne discriminação

USP um espaço educador que não previne o machismo

Machismo na Harvard e USP: a diferença do enfrentamento

Harvard expulsa 10 calouros discriminadores

Candidatos a vagas em Harvard são discriminados por raça

Terapeuta pedófilo abusa sexualmente de 35 crianças

Discriminadores: um grupo que aumentará enquanto não houver interesse em prevenção.

“Juizes e advogados não tem boa formação em violência de gênero”

O machismo e a medicina

Escolas podem debater violência de gênero e sexualidade

Pessoas mais escolarizadas discriminam as menos escolarizadas

Meios acadêmicos indiferentes a violência de gênero

Ex-ministro da cultura não é o machista agressor-padrão

É possível prevenir o abuso sexual em escolas católicas?

Machistas protegidos nas Universidades

Pesquisa constata desinformação de médicos sobre homossexualidade

É possível prevenir o abuso sexual em escolas católicas?

Steven Spielberg e o poder das historias para combater o ódio

Ministra diz que um filme converte meninas heterossexuais em lésbicas

5 comentários

Saul Cypel Prof. Livre Docente de Neulogia Infantil                                                                                 11 de agosto de 2016
Em momento oportuno APRS oferece a oportunidade para tratar da Discriminação de modo abrangente, com sensibilidade para o sofrimento emocional que esta condição desumana produz, introduzindo este debate com outras instituições seriamente interessadas neste tema.
Meus cumprimentos por esta escolha que certamente trará resultados úteis à nossa sociedade.

Olga Garcia Falceto        12 de agosto de 2016
Boa iniciativa! Trabalho muito necessario e atualíssimo!
grande abraco,
Olga Falceto

Flavio Aguiar          12 de agosto de 2016
Muito oportuno e com boa direção. Mais que necessário nesta nova era que se abre diante de nós, e que se pode chamar de era Temer-Cunha-Feliciano. Flavio Aguiar.

Ellis Busnello      15 de agosto de 2016
“Gostaria de nesse momento parabenizar a nossa APRS pela oportuna iniciativa, dada a importância prioritária que é lidar com a CD. Trata-se no entender nosso de uma Prioridade porque preenche os requisitos por ser ela Grave, de Prevalência Alta bem como de Importância Médico Social, e por naturalmente não ter até o presente momento recebido esta caracterização de ser uma Prioridade Psiquiátrica e/ou de Saúde Mental. Creio ter deixado claro os motivos pelos quais nós os Médicos e ainda mais os
Médicos Psiquiatras temos o dever de colocar na linha de frente das nossas atividades a colocação da Conduta Discriminatória, com possível vista a ser incorporada à toda atividade da Prática Psiquiátrica. Pela sua própria natureza de lidar com Doenças e /ou Transtornos Mentais, compreendendo uma vasta gama de comportamentos com condições de surgimento e tempos de duração que os expõem à possibilidade de serem Conduzidos Discriminatoriamente, mesmo quando na busca de proporcionar um maior nível de Saúde Mental para todos, penso ser um Compromisso e um Dever das Associações Psiquiátricas Brasileiras e orgulhoso de saber que a APRS emprestou a devida importância ao estudo do tema.”

Aracy Albani           19 de setembro de 2017
Parabéns pela iniciativa. Muito sucesso nessa tarefa complexa, necessária para termos uma sociedade mais justa e solidária.

5 comentários em “O Projeto Discriminação da Associação de Psiquiatria do RGS – APRS”

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